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Crioulo Doido, 1970

      Felisberto já foi alfaiate, a seguir se tornou agiota e fica sabendo na rua que o mundo vai acabar. Em casa, revela sua intenção de enriquecer depressa, antes de a Terra pegar fogo. Durante a noite, sonha alto com investimentos e passa a mão escura no corpo alvo da esposa, que enche a mala de dinheiro e vai embora. Quando acorda, ele percebe que não há mais tempo, abandona um projeto industrial ambicioso e começa a gastar.

 

Produção - Sertaneja de Cinema (ex-Carlos Prates Correia Filmes), 63’, PB, 1:66. Financiamento do BDMG e colaboração da prefeitura de Sabará. Reedição a partir de cópia restaurada pela Cinemateca do MAM e o CCBB.

 

Mostras - Retrospectiva do autor na Cinemateca Francesa em 1989 e Momentos do Cinema Afro-Brasileiro – 1995.

 

Elenco - Jorge Coutinho (Felisberto), Selma Caronezzi (Sebastiana), B. de Paiva (Amigo da família), Jorge Botelho (Arauto do fim do mundo), Rodolfo Arena (Ruralista), José Aurélio Vieira (Forasteiro), Ezequias Marques (Apontador de jogo do bicho), Ronaldo Medeiros (Sibarita), Luís Otávio Horta (Arreliento), Antônio Rodrigues (Fazendeiro), Milton Gontijo (Senhor aflito) e Ricardo Teixeira de Salles (Desconhecido). Participantes da 1ª versão: Leônidas Lafetá e Rogério Soares.

 

Equipe - Encarregados da produção - Affonso Henriques e Joaquim Faustino, Assistente de direção – Milton Gontijo, Continuidade – Alberto Graça, Diretor de produção – Moacir de Oliveira, Fotografia e câmera – Tiago Veloso, Montagem – Gilberto Santeiro, Diretor de arte – Lúcio Weick, Assistente de fotografia – Mário Murakami, Eletricista – Álvaro Cordeiro, Assistentes de produção – Sílvio Henrique e Mariza Oliveira, Produtor associado – Luís Carlos Barreto, Sonorização – Atlântida, Laboratório – Líder, Técnico de som – Aloísio Vianna, Ruídos – Geraldo José, Goulart e César, Cantos de Trabalho – Humberto Mauro, CTAV.

 

Roteiro e direção - Carlos Alberto Prates Correia. 

Selma Caronezzi e Jorge Coutinho

Ronaldo Medeiros e Jorge Coutinho

Black madness

 

Paulo Baía – Vera! O que me deixou impressionado foi a capacidade do Carlos Alberto ser, pela cena e pelo silêncio, um crítico mordaz não só do racismo como dos obstáculos à mobilidade social no Brasil. O filme é primoroso em todos sentidos. É uma obra fantástica, que todos devem assistir.

Luiz Fernando Vieira – Ela mostra que, quando a gente tenta ascender socialmente, não consegue ou é massacrado pela loucura.

Paulo – É massacrado ou jogado para o ilícito, onde pode ser bem recebido. Mas dentro das regras da sociedade, é massacrado.

Luiz – O capitalismo faz isso. Ele enlouquece.

Paulo – Enlouquece e faz perder a identidade, não deixa construir a identidade.

 

Clique aqui para acessar a íntegra do debate.       

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